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O Professor Neuro-Educador

Como o conhecimento dos mecanismos cerebrais envolvidos na aprendizagem podem nos ajudar a otimizar os processos educacionais?

Como aprender mais e melhor? A procura da resposta a essa pergunta tem sido, indubitavelmente, o maior desafio dos profissionais envolvidos nos processos de ensino e aprendizagem. De tempos em tempos, diferentes teorias, abordagens e metodologias trazem novas contribuições para o entendimento de como se aprende. Entretanto, nas últimas duas décadas, as neurociências puderam contribuir grandemente para conhecermos mais sobre a neurobiologia da aprendizagem.  Todos esses achados científicos abrem potencialidades de explorar a educação a partir da perspectiva do ensino baseado no cérebro, uma verdadeira mudança de paradigma, uma vez que devido ao fato de cada cérebro, cada organismo ser diferente, cada pessoa aprende de uma maneira única; logo, não existe uma única maneira correta de ensinar (Schumman, 2004).

ABC Aprendizagem - Neuropsicologia

Reza a sabedoria popular que para aprender algo novo é necessário muita prática e repetição. Todos nós já ouvimos falar que a prática leva a perfeição. Porém, neste caso, as neurociências vêm demonstrar que esta outra máxima precisa ser mais bem compreendida. Claro que prática e repetição podem levar alguém a apreender um conteúdo, uma habilidade ou um ofício, porém, todos nós temos exemplos prático de incontáveis situações onde levar o indivíduo a fazer mais do mesmo, nem sempre gera resultados satisfatórios. Pelo contrário, repetir um padrão de aprendizagem que leva ao fracasso gera, inevitavelmente, frustação, repulsa e em alguns casos, traumas que podem interferir negativamente na autoestima e autoimagem que o indivíduo tem de si próprio. As neurociências já trazem dados de que para  que aprendizagem ocorra, é preciso encontrar a “porta ou portas de entrada” corretas para que alguém possa apreender o que é relevante em um determinado estímulo. Porém, só isso não é suficiente; são necessários vários momentos de experimentação com esse novo conteúdo para que essa informação se consolide dentro da memória, e seja posteriormente evocada com precisão e acurácia, promovendo assim, a manifestação de um novo padrão de comportamento.

Em outras palavras, não basta ensinar de um único jeito e fazer sempre mais do mesmo. Criar oportunidades eficazes para aprendizagem implica, entre outros fatores, ensinar do jeito de que um indivíduo aprende, e proporcionar mais do mesmo, porém de formas diferentes.

Diante de evidências científicas trazidas pelas neurociências, hoje já sabemos que quanto mais variado for o estímulo oferecido ao aprendente, maior a chance de um individuo entrar em contato com uma área de conhecimento ou habilidade que fique em ressonância com sua estrutura neuronal, que é única.

As abordagens multissensoriais de aprendizagem, desta forma, trazem em si um potencial muito maior para criar oportunidades de aprendizagem.

A neuroaprendizagem é um campo das neurociências em grande desenvolvimento e que poderá, ao longo dos próximos anos, traduzir o conhecimento produzido pela comunidade científica em práticas educativas mais eficientes. Este, com certeza, poderá ser, não o único, mas um dos mais valiosos caminhos de formação e atualização dos educadores no século 21.

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Patricia Sorrentino
Psicopedagoga
ABPp 13108

ABC Aprendizagem